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A primeira cena filmada pelos irmãos Lumières foi reproduzida hoje por três mil pessoas, na cidade francesa de Lyon, onde nasceram os inventores do cinema. A tomada de 45 segundos se deu num dia com luminosidade suficiente para impressionar as pré-históricas bobinas de celulose. 120 anos depois, o Instituto Lumière imortalizou o dia D, filmando a sequência em numérico.
Não se conhece a data precisa da filmagem dos irmãos Lumières, pressume-se que aconteceu entre os dias 15 a 20 de março de 1895, mas foi o 19 de março ensolarado que entrou para a legenda. A história também conta que Louis Lumière, que havia decidido que este seria um dia abençoado para filmar a famosa “Sortie des usines Lumières”, insatisfeito com o resultado, decidiu refazer a sequência um pouco mais tarde, em maio ou junho do mesmo ano.
A famosa cena teria sido filmada num domingo, após a missa, razão pela qual os operários estão elegantes e, obviamente, dispensados do trabalho. Esses 45 segundos, que fizeram a volta ao mundo, ganharam versões assinadas por Quentin Tarantino, Michael Cimino, Jerry Schatzberg, Xavier Dolan, Paolo Sorrentino e Pedro Almodôvar, por ocasião dos dois últimos festivais Lumières, que acontece tradicionalmente no mês de outubro, em Lyon.
No mesmo cenário, mesmo lugar de filmagem, quer dizer em frente as usinas transformadas em sala de cinema, no caminho Saint-Victor, hoje rebatizado de rua do primeiro filme, os três mil inscritos se reuniram para recriar a cena. Entre os voluntários, cinéfilos, curiosos, dublês com mobilidade reduzida, mas também pessoas de associações e empresas, e numerosos profissionais do cinema da região.
O ritual foi o mesmo para todos: projeção do filme original e depois a filmagem. “Se façam notar, divirtam-se, a gente vai fazer uma só tomada », disse Thierry Frémaux, diretor do Instituto Lumière. E foi exatamente o que eles fizeram. As filmagens continuarem até a passagem do ultimo voluntário. Eles partiram munidos de certificados assinados pelo cineasta francês Bertrand Tavernier e pelo próprio Thierry Frémaux.