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Maior central de energia solar da Europa terá 360 hectares

Publicado 7 juin 2015 per Andrea Rego  • 4 371 visualizações

A maior central de energia solar da Europa entrou em operação este mês. Um milhão de painéis fotovoltaicos estão sendo instalados sobre um terreno de 360 hectares, situado a 30 quilômetros de Bordeaux, no sul da França.  A central vai funcionar a pleno vapor a partir do próximo mês de setembro, data prevista para o término das obras.
Com capacidade máxima de geração de 300 megawatts, correspondente a um terço de um reator nuclear, a central vai produzir o equivalente à consumação de uma cidade como Bordeaux, com seus 55 mil habitantes. 360 milhões de foram investidos por operadores privados. A produção sera comprada pela EDF, empresa pública de transporte de eletricidade da França Metropolitana.

Particulares e habitações distantes

Franceses, alemães, espanhóis e húngaros trabalham na instalação dos painéis fabricados na China. A cada dia, 8 mil módulos são colocados sobre os suportes que se espalham pelo terreno antes ocioso. A central fará da Aquitânea a primeira região em produção de energia solar da França, na frente da Provence-Alpes-Cote D'Azur.
As centrais nucleares são responsáveis por 77% da produção de energia em todo o país. O restante provém de recursos renováveis, sendo apenas 3% da energia solar, apesar da forte expansão dos últimos dez anos. Até o momento, a eletricidade de origem solar é utilizada para a consumação de particulares e habitações distantes da rede elétrica.

Nuclear versus energia solar

Na campanha presidencial de 2012, o candidato François Hollande prometeu trabalhar para diminuir em 50% a dependência do nuclear até 2025, mas a meta parece pouco credível em tempos de crise. O governo acaba de anunciar um plano de renovação do parque nuclear francês, o maior do mundo com 58 reatores repartidos em 19 centrais. O setor emprega 410.000 pessoas e gera um impacto de 2% no PIB.
Já a chanceler Angela , reafirmou  semana passada, em entrevista à TV France 2, que a Alemanha deve abandonar a energia nuclear até 2022. Respeitando as proporções dos parques nucleares de cada pais, a França teria que triplicar a fatura de pelo menos 750 milhões de euros estimada pelo vizinho.
Se bem que o seja um elemento ao alcance da maioria dos países, a energia solar é sobretudo desenvolvida nos mais industrializados. A Alemanha é de longe o produtor mundial, seguido da Itália e dos Estados Unidos. Por zona geográfica em MWh (medida de energia), a Europa está muito à frente das demais regiões do planeta. A América do Sul aparece na última posição (veja quadro).

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“O fica para trás”

Conforme dados do relatório « Um Banho de Sol para o Brasil » do Instituto Vitae Civilis, o Brasil, por sua localização e extensão territorial, recebe energia solar da ordem de 1013 MWh anuais, o que corresponde a cerca de 50 mil vezes o seu consumo anual de eletricidade.
“Apesar disso, possui poucos equipamentos de conversão de energia solar em outros tipos de energia, que poderiam estar operando e contribuindo para diminuir a pressão para construção de barragens para hidrelétricas, queima de combustíveis fósseis, desmatamentos para produção de lenha e construção de usinas atômicas”, afirma o relatório.
O site do jornal Folha de São Paulo, do último dia 5 de maio, em matéria sob o título “o Brasil fica para trás em energia solar”, faz uma comparação com a Alemanha: “No Brasil, há cerca de 500 sistemas fotovoltaicos em uso, contra 1,4 milhão na Alemanha. Lá são 58 habitantes por instalação. Aqui, 400 mil.”