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Comunidade alternativa em ocupação de barragem

Publicado 1 décembre 2014 per Andrea Rego  • 1 525 visualizações

A área ocupada da Barragem de Sivens deu origem a uma comunidade alternativa nos moldes das muitas que floresceram nos anos 70. O projeto esta parado desde outubro passado, após o confronto entre a policia e ecologistas, que resultou na morte de um jovem manifestante. Centenas de pessoas estão habitando no local.
Além da causa ecológica, a rejeição à sociedade de consumo é um ponto em comum entre os moradores da nova “cidade”. Eles vieram das varias regiões da França e estão construindo suas casas com as próprias mãos.
Depois de se reunir para protestar contra Sivens, homens, mulheres, jovens e idosos, com perfis e profissões diferentes, decidiram ficar. Todos os bens e doações são partilhados entre eles e o dinheiro não circula no seio da comunidade.

Vizinhança indesejada

Reportagem mostrada pela France 2 mostrou que os agricultores e moradores das cidades próximas não vêem com bons olhos a nova vizinhança. Existe uma clima de animosidade, agravado pelo conflito de interesse entre as partes.
O projeto do reservatório, que deve se estender sobre um terreno de 40 hectares em meio da floresta de Sivens, é contraditório e virou mesmo um símbolo da luta contra o agronegocio. Os agricultores da região, maioria de médio porte, se revoltam. “A barragem vai ocupar um centésimo da área da floresta”, argumentam eles.

Cidade Forte

A guerra esta declarada e os habitantes da “Cidade Forte”, nome que os ocupantes de Sivens deram à comunidade alternativa, estão dispostos a lutar até o fim. Eles recolheram armas e artefatos de efeito moral deixados pela policia no ultimo confronto e não desconsideram utilizar o arsenal “em ultimo caso”.
Quanto ao governo francês, este persiste no impasse nacional em que se transformou Sivens, mas deve tirar dele uma lição. Se uma obra nao representa o interesse geral, dificilmente prospera sem problemas neste pais.
Foi assim com a suspensão da cobrança da Ecotaxa e das passagens de controle. O mesmo aconteceu com a construção do Aeroporto de Notre-Dame- des-Landes, cujas obras estão paralisadas desde 2012 por conta das manifestações dos ecologistas, e agora mais uma vez com a Barragem de Sivens.