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Poutine não comparecerá ao 70° aniversário da liberação de Auschwitz

Publicado 25 janvier 2015 per Andrea Rego  • 1 580 visualizações

O presidente russo, Vladimir Poutine, não deverá estar entre os chefes de estado presentes às comemorações do 70° aniversário da liberação de Auschwitz. O campo de concentração e extermínio abrigou cerca de 1, 1 milhao de prisioneiros nos seus cinco anos de existência, sendo o principal símbolo dos horrores do regime nazista.
O Kremlin reclamou que o presidente russo não foi convidado oficialmente para o evento. Mas o Museu Auschwitz-Birkenau teria procedido da mesma forma em relação a outros países, o que não impediu que os presidentes francês François Hollande, alemão, Joachim Gauch, ou ucraniano, Petro Porochenco, confirmassem presença. Ao todo, 38 paises estarão representados, certos deles, como a Bélgica e os Países-Baixos, pelos seus reis.
Na verdade, a ausência de Poutine reflete o clima de animosidade entre a Rússia e os países ocidentais depois da crise na Ucrânia. O campo de concentração, situado no leste da Polônia, foi liberado pelo exército vermelho no dia 27 de janeiro de 1945.
O ministro das Relações Exteriores russo, Sergueï Lavroc, anunciou à imprensa que Vladimir Poutine não pretende comparecer às comemorações da próxima terça-feira. Ele afirmou que houve apenas uma carta do diretor do Museu (organizador do evento) perguntando se o presidente russo estaria presente e, em caso positivo, deveria precisar que viria. “A um tal convite, a gente nem responde”, disse Lavrov.

Clima de Nova Guerra Fria

As comemoraçoes pela liberaçao do campo de exterminio foram “estragadas” pelo clima de nova guerra fria que se instalou entre a Russia e os ocidentais em razao dos conflitos na Ucrânia.
Segundo o jornal francês Le Monde, é finalmente o chefe da administraçao presidencial, Sergueï Ivanov, “inscrito na lista americana das personalidades russas visadas pelas sançoes”, que fará o deslocamento.
Pela primeira vez, o Estado russo é associado, diretamente no próprio pais, às comemorações pela liberaçao de Auschwitz. Uma exposição abriu suas portas em Moscou num local gigantesco consagrado à segunda guerra mundial. “Antes era celebrado pelas organizações, este ano, pela primeira vez, acontece com o concurso do Estado”, assegurou Youri Kanner, presidente do Congresso judeu russo.
Conforme observadores, o pretexto de Moscou, da ausência de convite, esconde mal, na realidade, a falta de espontaneidade de seu presidente a se fazer presente num pais membro da OTAN, com o qual as relações se degradaram depois do inicio da crise ucraniana.