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Tentativa de acordo na Ucrânia reúne três chefes de Estado

Publicado 6 février 2015 per Andrea Rego  • 1 546 visualizações

François Hollande e Ângela Merkel estiveram reunidos, nesta sexta-feira (07), em Moscou, com o presidente russo, Vladimir Poutine. Os dois chefes de Estado serviram de embaixadores de um plano de paz redigido com a participação dos Estados Unidos, para por fim ao conflito na Ucrânia.
O presidente da França e a chanceler alemã buscam uma solução pacífica durável para a crise no pais, que se prolonga por dez meses e já fez mais de 5.300 mortos. Uma precedente tentativa teve lugar no ultimo mês de setembro, mas a maioria dos 12 itens do acordo de paz, assinado em Minsk, jamais foram respeitados.
Segundo o jornal Le Figaro, o que seria para o presidente François Hollande uma “ultima chance”, nao passaria de um primeiro passo para colocar termo à guerra na Ucrânia. Nesta sexta, a “promessa do Graal diplomatico” residia num novo texto, que multiplicou num prazo recorde as conversações entre as capitais, a fim de minimizar os rumores, as manipulações mediáticas e as lutas secretas de influência.
O jornal francês informou ainda que o “plano de paz” foi submetido na origem a Vladimir Poutine e aos seus dois colegas ocidentais e, depois, “retrabalhado” por Paris e Berlim em colaboração com Washington. No contato com Kiev, o texto saído desse primeiro consenso ocidental foi novamente modificado em companhia do presidente ucraniano, Petro Porechenko, antes de retornar às mãos do presidente russo, que « detém as chaves do conflito ».

Negociações emperradas

O fato desta iniciativa diplomática ter partido de Moscou, acusada de armar a revolução, de inicio suscitou o temor do lado da Ucrânia em relação a um “curto-circuito” provocado pelo trio russo-europeu. Mas foi rapidamente dissipado. Segundo Le Figaro, o chefe-adjunto da administração ucraniana, Valéri Tchali, teria mesmo festejado as proposições destinadas ao Kremlin como “absolutamente novas”.
Apesar da reação do conselheiro diplomático de Poutine, Iouri Ouchakov, segundo o qual “é preciso honrar as proposições iniciais do Kremlin”, as negociações emperram notadamente sobre a composição do contingente de paz encarregada da aplicação do cessar fogo e em particular do processo de retirada das armas pesadas de cada lado da linha de combate.
Kiev julga “inaceitavel” a hipótese de uma participação, no seio desta estrutura, de soldados saídos da Rússia assim que da organização de segurança coletiva reagrupada dos países da ex-URSS, o que demanda, ao contrário, o campo pro-russo.
De outro lado, os rebeldes do leste da Ucrânia sempre criticaram o mandato atual dos observadores da organização para segurança e cooperação na Europa, que haviam estabelecido a responsabilidade rebelde dentro dos bombardeios mortais de Marioupol.

Tensão aumenta e população é evacuada

Outro assunto de discórdia, a delimitação das fronteiras de Donbass (região do leste da Ucrânia). Depois dos primeiros acordos de paz do dia 5 de setembro, os rebeldes ganharam terreno em direção do Oeste, marchando cada vez mais sobre o território ucraniano.
Há duas semanas, o ministro russo dos negócios estrangeiros, Sergueï Lavroc, “inventou” ter obtido a garantia, da parte dos protegidos de Moscou, que esses últimos não procurariam reivindicar os novos territórios conquistados militarmente. De repente, seus engajamentos ameaçam se despedaçar no ar.
Paralelamente às negociações moscovitas, a tensão voltou a aumentar sobre o terreno nesta sexta. Na cidade de Debaltsevo, centro dos confrontos, ucranianos e separatistas estavam de acordo para estabelecer um cessar fogo, que durou justo até o fim do dia.
Segundo os representantes da Republica autônoma de Donestsk, que rejeitaram a responsabilidade desse relativo fracasso, menos de 50 pessoas puderam aproveitar desta oportunidade. As forças ucranianas, anunciaram a evacuação de 750 pessoas do conjunto das cidades situadas na linha de fogo.