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O importante papel das “sages-femmes” na humanização do parto

Publicado 20 novembre 2014 per Andrea Rego  • 2 036 visualizações

Enquanto no Brasil o percentual de partos cesariana na rede pública chega a 52 %, e na rede privada o impressionante número de 82%, na França não ultrapassa 20,1% os nascimentos realizados através desta técnica. Neste pais, há mesmo uma categoria específica de profissionais formada somente para trazer os bebés ao mundo: são as conhecidas sages-femmes.
Elas passam 5 anos na universidade para estar aptas a exercer o ofício. As sages-femmes são especializadas na fisiologia da mulher, preparadas para acompanhar as pacientes da gravidez ao pós-parto e, no momento do parto, são presenças obrigatórias.

Poucas confirmam o pedido

A que seja o caso de uma cesariana programada ou de urgência, cabe unicamente à elas acompanhar, dirigir a evolução e praticar o parto normal, compreendendo o monitoramento através de exames clínicos e eventualmente a prescrição de medicamentos.
Seja nas maternidades e hospitais públicos, onde nascem 61% dos bebés, ou nas clínicas particulares, no momento de dar a as francesas estão entregues a essas profissionais que decidem se é ou não necessária a intervenção do obstetra. E isso faz toda a diferença.A cesariana só ocorrerá se não houver realmente condições para a realização do parto normal. Enseja-se, com isso, uma cultura do parto humanizado, que se impõe ao medo das em relação à dor.
Segundo o chefe do serviço do Hospital Sain-Vicent de Paul em , doutor Michel Tournaire, muitas pacientes manifestam o desejo de dar a luz através de cesariana, mas depois de discutir com sages-femmes e médicos, pouquíssimas confirmam o pedido.

Não somos simples parteiras

Essas profissionais responsáveis por trazer ao mundo a maioria dos franceses ainda carecem de reconhecimento. Mas como um grupo bastante politizado, não estão dispostas a baixar os braços.
Elas reclamam a valorização da profissão, presença obrigatória em todos os hospitais e o mesmo status de enfermeiros e médicos, além de salários compatíveis aos deles.
Não querem ser vistas como simples “parteiras”, pois acompanham as mulheres da gravidez ao pós-parto e têm mesmo um papel importante na preparação psicológica das pacientes.
Na sala de parto, junto com o futuro papai ou a pessoa da escolha da parturiente, as sages-femmes contribuem para deixar o ambiente menos frio, menos medicalizado e mais humanizado, sendo elas mesmas encarregadas dos primeiros cuidados com o bebé, que vem ao mundo da maneira mais natural possível.